Segunda-feira, 21 de Maio de 2007
Ao longo da época, o futebol não foi bonito. É um facto. Até cheguei a concordar com os que diziam que o Vitória merecia descer. Que o melhor jogador do plantel era um empréstimo do Sporting, o Varela. Que isto e aquilo. Mas a fortuna favorece os audazes e, no final, apesar de todos os obstáculos, fomos mais fortes na batalha Naval do fim da tabela.
E pronto! Estou feliz e confiante sobre o ano que aí vem. Porquê? Alguma coisa no vento que vem lá da Secil e da Portucel me diz que o mais podre já passou. Para além disso, o homem que agora tomou conta da presidência interina é o empreiteiro que vendeu a casa ao meu sogro. Isso deve querer dizer alguma coisa. Acho eu. Futebol, cimento, pasta de papel e patos bravos é uma conjugação astral de sucesso e com provas dadas no meio. Para o ano vamos longe!
Quinta-feira, 17 de Maio de 2007
Tenho amigos que foram inscritos como sócios do Sporting assim que nasceram e nunca vi ninguém indignar-se. Parece-me bastante mais grave para uma criança do que
isto.
Quarta-feira, 16 de Maio de 2007
Larry Flynt Statement On Death Of Jerry Falwell
The Reverend Jerry Falwell and I were arch enemies for fifteen years. We became involved in a lawsuit concerning First Amendment rights and Hustler magazine. Without question, this was my most important battle - the l988 Hustler Magazine, Inc., v. Jerry Falwell case,where after millions of dollars and much deliberation, the Supreme Court unanimously ruled in my favor.
My mother always told me that no matter how much you dislike a person, when you meet them face to face you will find characteristics about them that you like. Jerry Falwell was a perfect example of that. I hated everything he stood for, but after meeting him in person, years after the trial, Jerry Falwell and I became good friends. He would visit me in California and we would debate together on college campuses. I always appreciated his sincerity even though I knew what he was selling and he knew what I was selling.
The most important result of our relationship was the landmark decision from the Supreme Court that made parody protected speech, and the fact that much of what we see on television and hear on the radio today is a direct result of my having won that now famous case which Falwell played such an important role in.
- Larry Flynt
In 1988, Hustler publisher Larry Flynt won a Supreme Court decision over an offensive ad in the magazine that parodied Falwell. The high court ruled public figures cannot recover damages for "intentional infliction of emotional distress" based on parodies.
Quinta-feira, 10 de Maio de 2007
Nem só de privados vive
o mundo obscuro dos anúncios.
As restantes peças freaks da história da publicidade pode ver-se
aqui.
Terça-feira, 8 de Maio de 2007
O resultado do Velhote é um orgulho para todo o blog (que ainda é de esquerda) e um desafio para toda a blogosfera. Velhote começa por saber o que significam todas as perguntas do teste. Julgo mesmo que deve ter sido modesto nas respostas. Só deu como certo o que sabia como certo. Veja-se ainda que esta alma não lê comics, não percebe nada de star trek ou star wars e desconfio que nunca quis ser um super-herói.
Despachando isto, ninguém se aproximou decentemente do resultado. O João Velhote é até ver o mais Geek de todos os que fizeram
o teste com inacreditáveis 56,9%. O Gil Eanes pode vir reclamar o seu prémio num prazo de cinco dias úteis ao Chico, embora o resultado não seja brilhante.
Se alguém quiser saber a diferença entre rapidez e velocidade, octal e octana, como se constrói um robot ou contar até 31 com uma só mão, a caixa de comentários fica aberta.
Segunda-feira, 7 de Maio de 2007
Fiz o teste.Dar conselhos financeiros merece estar aqui, mas não tenho a certeza se maus conselhos também contam. Os comics, star wars e extras de DVD bem me lixaram a vida. E nem comento o
thought I could win a quiz show. Vergonhosos 15,8%.
Mas não se fiquem a rir. Tentem lá o
Geek Test.
P.S. Sei de fonte segura o resultado do João Velhote, mas por pudor não o divulgo.
Update (por João Velhote) - Há aposta. Vejam os comentários.
Sexta-feira, 4 de Maio de 2007
Agradeço à camarada
pacharina a lembrança de um impropério que quase me escapava. Queria pedir ao Sr. Lynch que fosse bardamerda e mais a sua charada demencial de 3 horas!! Que venham os entendidos na sétima arte defender aquela merda que dá pelo nome de Inland Empire. Chamem-me homem do campo, anti-intelectual, o que quiserem, mas manterei o meu repto de mandar o sr. Lynch ir fazer filmes sobre bactérias no gelo do Polo Sul.Repito,vá bardamerda!!
A uma é que estou revoltado com o uso e abuso da invocação das liberdades e conquistas de Abril para desacreditar o combate à corrupção que passa impune em todos os níveis da sociedade portuguesa e não só no nível político, como alguns insistem - porque será? - em fazer-nos crer.
A outra é a duplamente lamentável teimosia do Ministro José Viera da Silva em continuar a defender o mérito indefensável da brilhante campanha de outdoors das novas oportunidades. Eu fiquei sinceramente parvo com aquilo. É insultando as pessoas e o seu trabalho que eles querem incentivá-las?!... "Seus falhados!" - dizem-nos aqueles cartazes. A nós. Todos. Que não aparecemos na televisão e não somos famosos e não seja lá o que for que faz o Abrunhoso e a Gambrina casos de sucesso. Pensava, a sério, que este darwinismo social já tinha passado à história. E vem-nos isto de novo? E à portuguesa, ainda por cima! Em vez dum belo dum super-homem nitzscheniano temos o farfalhudo bigode matarruano do Queiroz. Uns bigodes dum raio dum subalterno dum escocês bêbedo... Acho que o cartaz do PNR ainda conseguiu ser menos irritante. É só estúpido, pronto. Não é estúpido e covarde e pretensamente bonitinho e, vendo bem, uma merda horrível de tão feia. Mais que tudo: não saiu do meu bolso. Do nosso bolso. Nós, essa cambada de falhados.
Bom, mas para bater no governo, esse cabeça dura, não faltam para aí ceguinhos e clarividentes quanto baste. Voltemos à uma. A do cravo. As atitudes dos sindicatos já me andavam revolver as tripas. Mas daquele sujeito Picanço já se sabe que só vem ferroada à mistura com vitimização do funcionário público, esse virtuoso coitadinho. O nó nos intestinos apertou-se com o Carvalho da Silva e depois a caganeira chegou total quando li o Baptista Bastos no Diário de Notícias esta terça-feira a confundir tudo: delação política com denúncia criminal, combate anti-fascista com corrupção activa, inquéritos administrativos com a tortura da PIDE. Caramba! Grande confusão que vai naquela cabeça. Só mesmo o Marcelino para o convidar para colunista. Ou será que não está assim tão inocentemente equivocado?...
Porque será que tantos tremem e esperneiam ao ouvir falar de acções integradas contra a corrupção? De iniciativas contra os brandos costumes que impedem a denúncia do colega da Conservatória que mete 100€ ao bolso para acelerar aquele registo e não o outro? De medidas para acabar de vez com o "não vou dizer nada porque é chato e o gajo até é porreiro e tal"? De deixarmos de uma vez por todas de simplesmente nos queixarmos de que são todos uns salafrários e é só cunhas e fazermos de facto algo sobre o assunto? No nosso escritório, por exemplo? Quiçá na nossa repartição de finanças? Talvez mesmo-na nossa secção de alvarás camarários para estabelecimentos de diversão nocturna? Ou até, suprema blasfémia!, na minha célula sindical?...
Já pensaram há quanto tempo estão os principais líderes sindicais nos seus poleiros?
Não ficam muito atrás do Pinto da Costa ou do Jardim, pois não. Também já são quase do tempo da velha senhora e do ZX Spectrum, não é? Pois é. A Fenprof, por exemplo, está há mais tempo nas rédeas da(s) política(s) de educação deste país do qualquer ministro ou ministra. Mas ninguém os cala. Eles é só virtudes. Que ninguém lhes bote defeito! Contudo, vejam o caso da UGT há uns anos. Quem sabe quantas outras mãos pseudo-operárias se besuntarão sob o manto dos brandos costumes e da camaradagem que impede a denúncia de crimes porque é chato, não se faz e é uma traição aos valores de Abril?
Sei que também sou algo cínico (e não vou soar nada à pessoa de esquerda que sou) mas, por vezes - neste 1 de Maio, por exemplo - dou por mim a perguntar-me donde vem tanto dinheiro para tanta bandeirinha, tanto planfleto, tanto autocarro fretado, tanta tendinha, tanta merdinha descartável, enfim, tanta propaganda tão repititiva. Penso que é uma dúvida legitima. Ou estarei a ser um traidor? Um filho-da-mãe que faz perguntas incómodas? Um delator? Um Pide?
Quinta-feira, 3 de Maio de 2007
E estes dois dias, mesmo que não tivesse sido um de Maio (e dois, célebre bairro da Ajuda), eram dias de esquerda.
De repente o Mourinho transformou-se no clube nacional. Mas a verdade é que instinto e estatística durante aquele período deram-me a entender que o Liverpool jogou melhor. Ou aliás, deram-me a entender que o Liverpool jogou bem. Vamos andar uns dias atrás e pegar no Sporting - Benfica. O Sporting é uma equipa patética, isto é senso comum. O Sporting entendeu que estava a jogar com uma equipa fraca, o que é verdade, mas jogou como se não estivesse a jogar com o Benfica, como se de repente nada importasse e o Benfica não fosse o seu maior pesadelo. Como se não fosse o Benfica a única equipa no mundo (bom, também há o Vitesse) que mete mede ao Sporting. É uma arrogância de que o Sporting não se pode dar ao luxo. E deu. E assim se fodeu. Empatou um jogo em que só um 0-4 era aceitável.
O Chelsea é uma equipa com muita graça. De repente, há pessoas que lêem Oakeshott e acham isso muito compatível com apoios pueris ao Chelsea (faça-se
a honrosa excepção). Pois por mim entendo que o legado do Liverpool foi criado com uma sedimentação geológica que as revoluções do Mourinho não podem derrubar com truques de feira em conferências de imprensa. Nem sequer com horas de video. E com treinos de ponta. E com a sua inteligência inenarrável. Não me entendam mal, porque o Mourinho será em poucos anos o acontecimento mais importante no futebol inglês desde a sua invenção. Mas é uma coisa que lhe será alheia. Agora, agora não se pode tratar o Liverpool como um Sporting trata um Benfica.
Muito melhor é o Milão. Eu sempre fui do Milão. Em 90 corria o Rijkaard isolado em direcção à baliza do Benfica e eu quase torcia cá dentro que ele marcasse golo. Claro que marcou. Claro que o Benfica perdeu a sua última final. Mas convenhamos. Perdíamos contra o Milão, a única equipa do mundo que pode ganhar a qualquer outra equipa em qualquer momento da sua história. Espanta-me que haja pessoas, nomeadamente as que mandam no Manchester United, que não percebam isto. Isto é a única equipa que eu consigo apoiar independentemente do presidente. Não me interessa um chavo que o dono do Milão seja a alimária que é. E atenção que praticamente não vi futebol enquanto o Vale e Azevedo foi presidente do Benfica.
Resumindo. Este blog é de esquerda, apoia o Milan, (eu) apoiei o Liverpool (porque jogou melhor e porque igualou o número de finais do Benfica) e acha que ser Conservador é a única maneira de ganhar na bola. O Liverpool não pode estar em duas finais em três anos por acaso, o Chelsea não pode estar afastado de todas por acaso, e o Milão não pode ser tão boa equipa ininterruptamente desde 1988 por acaso.
Quarta-feira, 2 de Maio de 2007
O trabalho liberta.
Os nazis? Também, mas não só.
Mais recentemente - ontem, até - , foi Paulo Portas, presidente do inenarrável cds-pp.
Não pode ser uma coincidência. Sendo assim, gostava de aproveitar para sujar um pouco o seu nome, comparando-o ao seu quase homónimo Pol Pot, uma figura igualmente simpática.
Agradecimento ao Le Fante que me deu a conhecer isto.