Sexta-feira, 25 de Agosto de 2006

Há coisas que felizmente nao mudam

Carlos, guarda-redes do Steaua Bucareste, levou a melhor sobre os companheiros do Standard de Liège e venceu por 2-1 num jogo em que Ricardo Sá Pinto foi expulso a nove minutos do fim da partida.
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publicado por joaovelhote às 22:52
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Cá se fazem cá se pagam

Ainda nao manifestamos aqui a nossa tristeza por Plutao nao ser um planeta como antes. Quero daqui dizer-lhe que manterá o seu lugar no meu coraçao.

A Associaçao Internacional que decide estas coisas disse que um planeta tem que reunir tres condiçoes básicas: Ser sólido, redondo e girar à volta do Sol. Levantam-se assim novas perspectivas profissionais ao Comboio Azul, a quem só falta a última.
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publicado por joaovelhote às 22:45
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Adriano, o Imperador que não era Macaco

Mais umas passagens da Yourcenar que nos fazem pensar sobre o suposto progresso da humanidade desde o século II.


"Está reunido neste momento um congresso de médicos e de magistrados encarregados de estatuir sobre os limites de uma gravidez, acabando assim com intermináveis discussões legais".


Intermináveis é o adjectivo certo. 2 milénios depois estas discussões ainda não acabaram. Muito pelo contrário.

E, se nalguns pontos estamos na mesma, noutros ainda andámos mesmo para trás:

"Terminei agora a a refundição do código comercial de Palmira: tudo ali está previsto, as taxas das prostitutas e o imposto das caravanas".

A profissão mais antiga do mundo não perdeu funcionária(o)s nem clientela. O falso moralismo, esse ganhou muitos adeptos que insistem em fazer de conta que tal coisa não existe, mantendo-a à margem da lei e da responsabilização do Estado, ou seja, aumentando o grau da degradação humana.

Desde os Romanos, o desenvolvimento civilizacional num aspecto é notório: a hipocrisia.

"Não existindo já os deuses e não existindo ainda Cristo, houve, de Cícero a Marco Aurélio, um momento único em que só existiu o homem."
- escreveu Gustave Flaubert. Talvez um dia regressemos a esse ponto. Ao homem. Livre. Completo. De vícios e virtudes.


ps: Não achei na altura necessário mas prefiro agora ressalvar que, sendo do conhecimento geral que a escravidão era prática comum nesse tempo, esta liberdade a que me refiro era, obviamente, privilégio apenas dos cidadão romanos.
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publicado por O Escravisauro às 19:04
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A Torreira perdeu a boa sapateira

Dia 5 – 19 Agosto – Sábado

Carvalhal – S. Pedro do Sul - Torreira

Na manhã seguinte fiz a asneira de acordar para tomar o pequeno almoço no hotel às 10horas. Os outros dois acordaram apenas a tempo de irem jogar snooker em jejum. Saímos do hotel com dúvidas do destino. Pensámos ir a Lafões mas a fome parou-nos em S. Pedro do Sul para colocar mais uma bandeira gastronómica no roteiro. No "Camponês" finalmente comemos o cabrito de que tanto falávamos. Veio grelhado e acompanhado por Murganheira Reserva Bruto tinto. Aceitámos repetir quando educadamente o protocolo obrigou o empregado de mesa a perguntar. Repetimos também o espumante. Depois do almoço foi difícil conduzir. Seguimos a EN 16 e parámos numa sombra com fonte perto das termas locais. O Micha subiu a montanha enquanto os restantes tiraram uma soneca ao som de uma banda sonora conhecida. O objectivo seguinte estava traçado, Torreira uma terra ventosa mas porreira. Pela primeira vez a chuva disse adeus. O destino era um famigerado restaurante que outrora trouxe maravilhas ao mundo do marisco. Reencontrados os amigos que em Ponte de Lima seguiram para sul, alojámo-nos no único quarto livre da terra e fomos apanhar uma desilusão com a refeição, tudo por causa de uma sapateira que não estava em condições. Saímos do restaurante e deparamo-nos com um grupo de baile caricato, "Os Solitários". Todos tinham vozes de mulher, os som era enervantemente agudo e as músicas impressionantemente más. Seguimos para jogar matrecos e defrontar os bravos da região. Demos luta mas acabámos por abandonar o local para seguir em busca de caipirinhas e murangoskas. Vento e frio nos acompanhou a noite. Quando nos despachou para casa tirámos à sorte quem ficava no chão e fomo-nos deitar. Calhou-me a mim e livrei-me da cama de casal apertadinha onde o elegante casalinho descansou na paz do Senhor.
publicado por Manuel Padilha às 10:39
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Ruy Charl's e Bigorne.

Dia 4 – 18 Agosto – Sexta-feira

Valença – Peso da Régua – Campo Benfeito – Carvalhal

Graças a uma partida da Joane fizemos um desvio de 80 Km seguidos de um percurso em ziguezagues pela EN 2, tudo isto para almoçar no Peso da Régua. Apressados pela hora tardia decidimos o restaurante com base no péssimo gosto do seu nome: "Ruy Charl's". Atendidos por uma bela saloia que a todos despertou apetite, pedimos Posta Mirandesa e demorámos na difícil tarefa de escolher o vinho. Entre a Quinta do Cotto a 30€, Quinta da Pacheca a 24€ ou uma pomada de 1991 completamente anónima, seguimos o conselho do amigo Salazar que manda produzir e poupar e tivemos uma bela surpresa. Uma vinhaça quase adulta que a todos saciou.
No parque de estacionamento ainda passámos por uma tentativa de acidente provocado do qual saímos ilesos e seguimos para Campo Benfeito, na Serra de Montemuro. Passado o Douro, entramos num planalto a cerca de 1000m onde parámos para fotografar e filmar a paisagem inóspita que se fazia acompanhar por negras nuvens, um forte vento e uma temperatura nada comum a este mês de Verão, cerca de 13º.
usámos adereços locais para tirar umas fotografias de grupo antes de 2/3 do mesmo dormir uma soneca no carro. Fomos ao hotel a 20Km de distância eSurpreendidos pelo Teatro local onde eu tinha uma tarefa fácil a cumprir, regressámos a horas de jantar. Felizmente tínhamos escolta porque para encontrar o restaurante reservado. Fizemos imensos Quilometros por meio da serra para chegar a um Restaurante do caralho, um restaurante que se não fosse do caralho ninguém lá ia, tão distante é do mundo em geral. Michas deleitou-se com Arroz de Enchidos com Feijão. Ainda pensaram que o Micha era da Amadora mas o incidente não causou estragos no fenómeno de grupo. O vinho era do Dão e recomenda-se, só não nos lembramos do nome. Voltámos pela negra serra de novo para o concerto no Teatro de Montemuro. Gostámos muito. Depois do concerto dos Orquestrinha do Terror o termómetro marcava 7º. À porta da tasca do local, bebiam-se copos como se estivessem 30º. Com o grupo alargado decidimos regressar ao hotel e levar mantimentos líquidos. Após uma negociação com o dono da tasca em relação à quantidade e ao vasilhame, seguimos de chinelame debaixo da geada com 15 garrafas de Super Bock. No Hotel aproveitámos um quarto que ficou vazio e aprendemos um jogo de dados denominado A5000 com os jovens da Amadora.. Joga-se com 5 dados numerados de 1 a 6. O Michas ganhou, prata pra mim e bronze para o Velhote. Acho que aprenderam a lição, e não voltarão a meter-se com a malta. Acabámos a madrugada a ouvir os galos queixarem-se do frio.
publicado por Manuel Padilha às 02:28
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Quarta-feira, 23 de Agosto de 2006

“Eu gosto é disto”

Dia 3 – 17 Agosto – Quinta-feira

Melgaço – Valença – Paredes de Coura

Saímos para Valença em direcção às Costelinhas do Álvaro onde almoçámos divinamente. O objectivo era encontrar onde pernoitar e seguir para o Festival em Paredes de Coura. Graças a alguma sorte e “olho colectivo” encontrámos um turismo rural mesmo colado ao rio que separa o Portugal da Galiza e pusemo-nos a caminho de Paredes de Coura, por estradas tortas e molhadas pela chuva que teimava em cair.
Não reconheci a Vila à chegada. Depois de estacionarmos pedimos informações do melhor trajecto e seguimos um trilho à beira rio que nos levou para o recinto. Perdidos no meio do mato, atravessámos o rio trinta vezes até começar a ver publicidade à tal cerveja estrangeira. Comprámos os bilhetes, pedimos uma rodada de cervejas e sentámo-nos na relva a ver os concertos vespertinos. Rodada após rodada, molhámo-nos por fora e por dentro. Entretanto encontrámos um amigo de um blog aqui linkado com um licor beirão em cada mão que procurava o nosso sempre presidente Manuel João Vieira. A cerveja e a chuva continuavam a cair abundantemente, mas a chuva era mais barata. Só perdemos de vista o palco para comer umas magras fatias de pizza num antro multinacional da fast food. Após o pior repasto das férias voltámos para o concerto dos Maduros, as carcavilhas reminiscentes do rock português. Só graças à boa disposição conseguimos resistir. Por todo o lado espanhóis tentavam negociar connosco todo o tipo de drogas ilegais. Unanimemente saímos desiludidos com os concertos e principalmente com o som debitado pelas colunas. Os melhores terão mesmo sido os !!! e os Cramps, embora estes últimos estejam já fora de prazo para as figuras que fizeram em palco, nomeadamente o sexagenário vocalista que se portou como um imberbe adolescente a tentar subir para as colunas, maltratar o tripé do microfone e a entornar vinho no palco.
Para seguir o mesmo trilho que nos fizera chegar ao recinto passámos pelas mais molhadas trevas e perigos. Uma madrugada drogada.
Toldados pela cerveja patrocinadora e molhados pela chuva que se fez sentir pelo menos uma vez por concerto regressámos a Valença pelas duas para dormir um bocado antes da viagem mais comprida que nos espera no quarto dia de viagem.
publicado por Manuel Padilha às 23:54
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As mesmas trincheiras. Campos opostos. O eterno retorno.

Nota prévia: o anterior debate sobre a questão israelista para mim está encerrado. O que tinha a dizer já o disse e mantenho. Este post prende-se mais com as reviravoltas da História no geral do que com este caso particular.

Estou a ler as Memórias de Adriano da Marguerite Yourcenar. O livro é brilhante e farto em frases que nos fazem parar de ler e começar a pensar no enorme alcance e actualidade do que é lido. Ontem à noite, por exemplo, deparei-me com este parágrafo em que o Imperador Adriano relata as dificuldades sentidas ao combater a guerilha hebraica de Simão Bar Kochba, que de 132 a 135, liderou a Revolta da Judeia contra o ocupante Romano:

"As nossas tropas, com equipamento pesado, os nossos oficiais habituados à formação em quadrado ou em falange de batalhas ordenadas tiveram dificuldade em se adaptar àquela guerra de escaramuças e de surpresas, que mantinha em campo plano e descoberto técnicas de rebelião. Simão, grande homem à sua maneira, tinha dividido os seus guerrilheiros em centenas de esquadras postadas nas cristas das montanhas, emboscadas no fundo de cavernas e de pedreiras abandonadas, escondidos em casa dos habitantes nos bairros mais populosos das cidades. (…) Aquele inimigo inacessível podia ser exterminado, mas não vencido (…). Os camponeses fanatizados ou aterrorizados por Simão fizeram, desde o principio, causa comum com os zelotes: cada rochedo tornou-se um bastião, cada vinhedo uma trincheira…"

A eventual e sangrenta derrota de Bar Kochba frente às legiões romanas marcou o inicio da grande diáspora judaica que se manteve até ao século XX. Jerusálem foi arrasada, os judeus proibidos de lá habitarem e Adriano rebaptizou a Judeia, em nome dos filisteus, os arqui-inimigos de Israel,como provincia da Palestina.

Na página anterior àquele páragrafo, Adriano lamentava-se das muitas perdas sofridas na Judeia, constatando que "em todos os combates entre o fanatismo e o senso comum, este último raramente vence".O bom senso, claro, estava do seu lado. Como estará sempre, à direita de Deus, na perspectiva estreita de quem combate e, sobretudo, de quem sai vitorioso.
publicado por O Escravisauro às 13:23
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Terça-feira, 22 de Agosto de 2006

Breve nota acerca das traduções musicais...

A Construção do senhor Francisco Buarque de Hollanda chegou a ser traduzida para castelhano, julgo que pelo próprio, conseguindo a proeza de manter não só o conteúdo poético mas também a forma esdrúxula. Há pessoas assim. Poucas, talvez apenas uma, mas há.

Ei-la.
publicado por Comboio Azul às 07:15
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No extremo norte de Portugal


Dia 2 – 16 de Agosto – Quarta-feira

Ponte de Lima – Melgaço – S. Gregório - Melgaço

O vinho verde foi um porreiro, quase ninguém soube o que era tomar banho de ressaca na casa de banho mais porca do Minho. Após a higiene saímos do chuveiro para a chuva para tomar o pequeno almoço na "Delícia do Minho". Pastéis de Chaves adaptados mas de igual qualidade e café para ajudar na difícil a tarefa de decidir de para onde ir. Os amigos que vinham dos Pirinéus afugentaram-se com a chuva e para sul rumaram, os restantes valentes aventureiros decidiram então seguir para Norte em direcção a Melgaço.
Passámos por um incêndio apagado pela chuva que nos lixava as férias e demos graças a Deus pelas caminhadas regadas de suor de que nos livrámos. Pelas estradas secundárias que a Joane nos indicava, demos por nós entre uns altos e misteriosos muros que despertaram a atenção. Parámos para saber o que era e descobrimos o mitológico Palácio da Brejoeira. Não era a hora de visita. Seguimos sem provar o néctar que lá se faz.
Chegámos a Melgaço seriam umas duas da tarde. A fome encaminhou a nossa Joane para o restaurante Panorama, mas a espera de 30 minutos levou-nos à procura de mais rápidos serviços ainda mais a norte. S. Gregório não convenceu e ainda cruzámos uma das mais belas fronteiras onde já passei, neste caso a mais a norte que por cá temos. Esquecemos a placa que jurava que Castro Laboreiro distanciava apenas 15 Km e voltámos a Melgaço. Tentámos mais uma vez o "Panorama" e desta vez fomos mesmo renegados. Debaixo de uma grande chuvada acabámos a comer uma costela de novilho gigante num restaurante vizinho. Depois da proteína seguimos para a Pousada da Juventude que pelo caminho vimos indicada. No meio de um imenso pinhal e ao lado de um hotel de quatro estrelas nos alojámos na Pousada que fora inaugurada a 1 de Abril deste ano. Parecia mentira o preço face à qualidade. Verde por todo o lado e uma piscina gigante que só não serviu porque água fria caía do céu. No paraíso o melhor divertimento é dormir e foi o que eu fiz enquanto os restantes pesquisavam o local do jantar e do almoço do dia seguinte.
Pelas nove seguimos para a "Inês Negra" onde um maravilhoso polvo iniciou a noite com garrafas de Alvarinho da melhor qualidade. Saímos contentes pela chuva dar tréguas e permitir um passeio pela parte histórica da vila, agora que o nome do restaurante nos dava consciência do que tinha custado aos espanhóis. Em resumo; Melgaço tomou a opção certa de pertencer a Castela, mas uma tal de Inês Negra não quis perder as emoções de pertencer a Portugal e conseguiu convencer uma antiga rival a tal de "Renegada" a lutar na lama e decidir a nacionalidade da futura Vila. Parece que em Monção a história ainda é mais interessante. Lá uma mulher decidiu mandar comida aos espanhóis e eles convenceram-se que os portugueses estavam cheios de mantimentos e voltaram para a tortilla com jamón e em vez de ficarem com a bacalhau com broa e o rojão. Gente estranha mas com bons genes.
Depois do jantar fomos ao Sorrisos beber uns Whiskies antes de uns avecs com apitos aparecerem. Depois fomos jogar Cinuca e ler o horóscopo antes de voltar ao "Sorriso" para descobrir a história de umas termas abandonadas que prometemos visitar na manhã seguinte. Na pousada ainda se beberam umas cervejas antes de dormir enquanto se apontavam as memórias e ouvia Blur.
No jardim às cinco da manhã alguém mandava regar a relva molhada pela chuva.
publicado por Manuel Padilha às 04:08
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Pachorra

Reparo por uma nova leitura ao post anterior - eu releio os meus posts, é verdade - que o mesmo exige algum trabalho ao nível da pesquisa por parte de quem o lê. Isto a menos que a pessoa tenha de memória várias referências como músicas dos GNR do tempo em que valiam a pena, toda a Construção de cabeça, letras de Seu Jorge e respectivos originais de David Bowie de cor.

Não queria no entanto que este pormenor tornasse a leitura do post anterior incompreensível, pelo que peço encarecidamente que façam o dito trabalho de Google, que até é simples. É que um gajo também não pode fazer sempre a papinha toda.
publicado por Sérgio às 03:21
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