Sexta-feira, 20 de Julho de 2007

Dos 50 anos da RTP ao Pianíssimo - ou fechem a RTP internacional, já basta o que acham de nós no est

O detentor do comando parou na RTP internacional apenas porque havia erro na emissão. O separador de mais de um minuto comemorativo dos 50 anos da estação, não é muito diferente do dos 40 anos, consiste numa musica duvidosa, com uma letra ainda mais duvidosa e uma série de caras larocas ligadas à RTP a cantar com muita emoção forçada e sorrisos bem pagos. A grande diferença é que este está com um problema de transmissão que salta frames e transforma tudo aquilo numa câmara lenta aos soluços.
Acaba a má publicidade e aparece promoção ao programa semanal dedicado às comunidades portuguesas nos Estados Unidos, com o patrocínio do novo disco dos grupo Starlight, a depiladora Maria Antónia, e outras pequena e médias empresas de Newark.

Enquanto falávamos na boa impressão que tal facto dará aos estrangeiros que tenham o azar de no seu zapping passar pela nossa televisão, começou mais um episódio da série "Pianíssimo" da autoria do Sr. Vitorino de Almeida. Realizada em 2005, surge por um lado como uma obra retro (os cross dissolves e os planos longos reinam) e por outro como uma manifestação vanguarda do uso terapêutico da televisão na cura de insónias.

Acompanhado pela flautista Vera Morais, moça mais voluptuosa que a Bárbara Guimarães mas com menos à-vontade que um actor adolescente dos Morangos com Açucar, Vitorino de Almeida passeia-se pelas capitais europeias monologando sobre a história do pianos, que a flautista por vezes interrompe para lhe dar razão ou fazer uma pergunta tola. Com roupas que mantém audiências às 2 da manhã, a pobre Vera não sabe que fazer às mãos e pede ao estilista qualquer coisa com bolsos.

Quando o tema começava a cansar aparece o Carlos Mendes e uma senhora com idade para ser sua mãe. A conversa entre eles parecia-se com cadáveres esquisitos motivados pela ingestão excessiva de vinho da Madeira até que começam a falar de um compositor que influenciou Mozart e que se chamava Cannabich. Aí a velha senhora começa a chamar drogado ao Carlos Mendes e nós espectadores não conseguimos acreditar naquele diálogo que se prolongou durante uns bons 10 minutos até voltar ao Vitorino de Almeida e à sua mascote mamalhuda. Pelo meio uma loura bem constituída toca piano com as duas mãos e algum talento. Entretanto como a Vera Morais muda de figurino em cada cena e nesta tinha menos que 15% de carne à mostra mudámos de canal, era a televisão turca, o Kebab tinha um óptimo aspecto.
publicado por Manuel Padilha às 12:50
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Quarta-feira, 18 de Julho de 2007

Finalmente!

Graças ao proletário podemos finalmente testar o blog sem perigo de sermos apelidados de coninhas. Andei semanas à espera disto.

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This rating was determined based on the presence of the following words:

* cunt (3x)
* fuck (2x)
* death (1x)
publicado por Sérgio às 18:00
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Os cunts de "Calma Larry!"

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A RTP2 aproveita o estio para repor série "Curb Your Enthusiasm" com o impagável Larry David. Como sempre, a tradução da coisa é meio caminho andado para o desastre. Logo a começar pelo título da série em português, "Calma Larry!". Pois o episódio de ontem tinha uma cena hilariante em que o desbocado Larry chamava "cunt" (coninhas, aportuguesando o sentido do insulto no contexto do episódio) a um tipo que estava a jogar uma espécie de lerpa e decidiu não ir a jogo com um às na mão. Todo o gag girava à volta do facto da linguagem excessiva de Larry. Os companheiros de jogo, cuja maioria Larry não conhecia, ficaram escandalizados com o uso da palavra "cunt" e retiraram-se bastante incomodados com Larry. Para quem não percebe inglês, a cena não deve ter feito muito sentido, porque o tradutor resolveu traduzir "cunt" como "maricas". Ora foda-se, mas que puritanismo é este? Se a piada tinha efectivamente a ver com o excesso de Larry ao chamar conas a um gajo sem tomates para ir a jogo como é que vão buscar o "maricas". Aliás, todo o episódio tinha a ver com o uso de palavrões e das várias vezes que ouvi a palavra fuck não li nas legendas nada como foda-se, ou vai-te foder. Uns belos cunts, estes tradutores...
publicado por Proletário às 12:50
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Quinta-feira, 5 de Julho de 2007

Tinariwen

O ano passado acabei por não ir vê-los quando estiveram em Lisboa. Desta vez não vou perder. É hoje à noite, às 22h00, no S. Jorge. Entrada livre.

Taghreft Tinariwen quer dizer algo como "Reconstruir o Deserto" em lingua Touareg. Mais dados sobre a Rebelião Touareg aqui.
publicado por O Escravisauro às 14:57
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Sinto-me um nadinha ofendido.

Um diz que responde porque me deve dinheiro, o outro "porque, enfim, gost[a] do gajo". Ponham os olhos no maradona, que considera esta - e cito - "uma interessante corrente"!

Quanto aos outros dois que ainda não responderam num prazo de 24 horas, mas já souberam produzir posts nesse período, a organização ainda está a deliberar o que fazer.

A minha próxima corrente será sobre as últimas cinco imperiais que bebi, mas serei muito mais cuidadoso na escolha dos reencaminhamentos.
publicado por Sérgio às 03:19
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Quarta-feira, 4 de Julho de 2007

Facto inútil do dia

O meu telemóvel não me oferece a possibilidade de escrever "super bock", mas sugere "super anal".
publicado por Comboio Azul às 21:42
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A tal da corrente

Sendo que fui desafiado pela Pacharina (se calhar revias este nome), e sendo que tanto a Rita como o Comboio Azul resolveram inventar um desvio numa carreira que, se calhar, se queria direitinha, vou eu agora anunciar as cinco últimas refeições que tomei, da última para a quinta mais recente:

1. Uma sandes de paio com queijo. Não sei bem especificar nada disto, mas asseguro que o paio tinha pouco sal e era bastante vermelho. Daqueles com pouca gordura portanto. O queijo era um daqueles queijos cobertos com colorau, mas não era picante. O pão era uma carcaça. Estou no momento em que escrevo a acabar de comer esta sandes.

2. Uma pita de atum. Aqui fui enganado. Há no Super-Bock-Super-Rock uma barraca que vende comida vegetariana e chás. Disponibilizavam pita de vegetais, pita de atum e bifana de seitan. Esta última, confesso, tinha bom aspecto, mas pareceu-me pequena. A de vegetais era em si uma piada. Optei, mal, pela de atum, pita na qual eu podia fechar a minha mão e fazê-la desaparecer. E não era grande espingarda. Mas compreendam que era a única chafarrica sem fila. No entanto cheguei a casa e só me apeteceu comer uma sandes de paio com queijo.

3. Dois bifes de peru com arroz. Eu detesto bifes de peru, muito sinceramente. Aliás, eu respeito mais um tipo que se diz vegan que um gajo dos que diz que não come carne vermelha. Mas no entanto sou muito bom a fazer arroz. É um dom. Duvido que haja uma única pessoa no mundo que faça um arroz melhor que o meu.

4. Uma perca com um molho de natas e batata cozida. Sem verdura, o que em si é péssimo. E com molho de natas, o que ainda é pior. A perca, ainda assim era muitíssimo boa e fresca, e nem é um peixe que eu coma com frequência, pelo que foi bem-vinda. Para mais foi na cantina do meu emprego, o que baixa a fasquia a todos os níveis.

5. Uma pizza daquelas de queijos, da Telepizza. Eu estava muito ressacado no Domingo, e com dinheiro suficiente para uma pizza. Encomendei na telepizza de Belém uma pizza fromagio, que é uma mistura de quatro queijos e que ainda assim consegue saber a exactamente o mesmo que qualquer outra da mesma loja. Mesmo que seja a pizza bacalhau com natas ou a pizza farinheira. Como faço sempre, pedi massa fina. Como sempre, mandaram-me alguns cinco centímetros de pão debaixo do queijo e tomate.

Com muita sorte podiam ter-me calhado cinco refeições que diriam muito melhor de mim, mas isto uma pessoa é as circunstâncias em que se encontra e eu não sou gajo de fugir às minhas circunstâncias.

Queria passar este questionário a cinco pessoas, mas pedia encarecidamente que se mantivessem nisto das cinco refeições. Temos então, como primeiro convidado deste meme, o maradona. Que fique bem claro que o maradona é o primeiro convidado. Queria ainda que fizessem o mesmo exercício a batukada, o Rogério, o Sousa e o Paradoxo. Tratem lá disso.
publicado por Sérgio às 03:06
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Terça-feira, 3 de Julho de 2007

Coisas cultas e assim

No seguimento do desafio lançado pela Pacharina aqui ao lado, mas tendo em conta que não só não especificou os sujeitos desafiados, como ainda a Pacharita, do mesmo estaminé, decidiu fazê-lo com um toque pessoal, decidi enveredar pelo mesmo caminho. Assim, não partilharei os últimos livros que li (que são pouquinhos), mas sim os filmes baseados em obras literárias que vi:

- Captains Courageous (Lobos do Mar): o Óscar de melhor actor mais português, conquistado por um Spencer Tracy a interpretar um marinheiro madeirense (falando inclusivamente em português), embora parecendo dois irmãos Marx, penteado à Harpo e falando à Chico. E uma história bem razoalvelzinha.

- Ba Wang Bie Ji (Adeus Minha Concubina): 60 anos da história da China do séc. XX, começando nos loucos anos 30, passando pela Guerra Mundial, a invasão japonesa e, como não podia deixar de ser, o tema favorito dos cineastas da Quinta Geração, a Revolução Cultural. Tudo através dos olhos do triângulo amoroso envolvendo dois actores (um dos quais uma espécie de travesti) e uma prostituta. Não se podia exigir mais.

- The New World: Tecnicamente não uma adaptação de um livro, mas não me interessa. Sem ser o melhor Malick, foi ainda assim um dos melhores de 2005. Poesia em movimento. E está tudo dito.

- Children of Men: Alfonso Cuarón a brincar aos planos-sequência num filme passado numa distopia em que a humanidade se está a extinguir. Todos os ingredientes para duas horas bem passadas.

- The Prestige: A mais agradável surpresa de 2006. Com um grande elenco, incluindo Christian Bale, o único actor que faz frente a Edward Norton na corrida para o melhor actor desta geração, andou por aí na sombra do outro filme sobre ilusionistas no fim do séc. XIX, curiosamente com o outro grande actor. Mas enquanto esse era mais uma espécie de "Usual Suspects" de época, este é um filme grandioso, repleto de ódios figadais, vinganças e ciúmes. E tem o David Bowie a fazer de Nikolai Tesla. E é realizado pelo Christopher Nolan. Vivamente aconselhado.

Quanto aos livros propriamente ditos e à cadeia e tal, os meus distintos colegas de blog que respondam, bem como o Maradona, coitadinho.
publicado por Comboio Azul às 15:47
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Segunda-feira, 2 de Julho de 2007

Coisas simples



Que haja quem não goste dos Arctic Monkeys, eu até compreendo e não subscrevo. Mas este vídeo é das melhores coisas que tenho visto em muito tempo. Foda-se o cabrão do vídeo é mesmo bom caralho.
publicado por Proletário às 01:17
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