Quinta-feira, 30 de Junho de 2005
e os alemães lá vão lamentando a geração em que nasceu o Ulrich, por um lado, o apetite dele por outro e vão-se preparando. Aqui há uns dias numa entrevista a uma revista perguntaram-lhe como era a sua relação com o Armstrong. Responde que o americano «
é um rival desportivo mas não é um amigo». E para que não reste qualquer dúvida que nos pudesse ainda assaltar, avança «
Nem sequer tenho o número do seu telemóvel!»
Resumindo, não o conhece nem nunca mostrou interesse nisso.
Cusco esteve hoje em festa. O Cienciano, clube aqui da terra, ganhou 3-1 ao Alianza Lima. Será que os 3.400 metros de altitude a que está Cusco influiram no resultado final?
Quarta-feira, 29 de Junho de 2005
Quando li o titulo do ultimo post pensei que ias falar de navalheiras, caracois, bifinhos de cebolada, imperiais e canecas (pretas e brancas)...
Já me começa a incomodar esta história de toda a gente se cruzar com o Chico Buarque em Lisboa e eu nepes. É que não é
um sítio,
nem dois. Parece que é
toda a gente. Quer-me cá parecer que isto é gente que combina e quer entrar no
snopes à força e então vai de que o vêem na rua, que jogou à bola ali num pavilhão, que foi a uma loja, que almoçou ali num restaurante. Como vos topo à légua junto-me, queiram ou não, à task-force para a criação do mito urbano. Aliás juntamo-nos os cinco que até o Gil Eanes parece que o viu este fim-de-semana ali em Alcântara, como quem vai para a sede d'Os Lusíadas, na direcção oposta ao balneário municipal. Eu pessoalmente garanto-vos que estava no Cachupa, eram quê?, umas quatro, cinco da manhã e vejo entrar o Chico. Pediu a lista, imaginem, no cachupa. Enfim, comeu só uma pecita de frango, e bebeu uma ou duas jolas. Eu infelizmente é que tive que me pirar cedo, que tinha umas coisas combinadas no dia a seguir de manhã e não fiquei muito tempo, mas diz que o Chico ainda pegou numa viola e cantou umas músicas do Caetano, pasme-se. Mas isto já não sei se é verdade, que contaram-me. Aliás, a verdade, é que parece que ele só cá veio para vir ver o concerto do Tom Zé sem ter chatices com a imprensa brasileira, porque nem é certo que se se encontrassem aquilo não desse asneira. Diz que aqui há uns anos ia havendo pêra. De resto quero ver se ainda o encontro mais uma ou duas vezes e lhe digo qualquer coisa. No Cachupa é que não tive tempo.
Terça-feira, 28 de Junho de 2005
A Ilha Taquile já ficou lá atrás. Uma ilha no Lago. Um ilha de etnia Qechua numa área de maioria Aymara. Uma ilha de autencidade linguistíca e étnica num país de cultura intrisecamente mestiÇa. Uma ilha de vida comunitária, pré-colombiana, com igualdade e separaÇao durkheimiana de tarefas entre os sexos num Perú socialmente estratificado, (neo)colonializado, onde a masculinidade latina (leia-se hispânica) se impôe e aos seus vicios e trejeitos machistas...
Diziam-me hoje que acontecia por vezes, mesmo no seio de casais ditos indigenas e cujas feiÇoes o comprovam, surgir um filho de olhos e cabelos claros. Imagina o leitor, como eu o fiz, que a razao sera um saudavel e alegre encontro de racas e culturas num passado já longinquo e esquecido. A verdade é bem mais crua: uma das avós de um dos pais da crianÇa "caucasiana" terá sido violada por um dos conquistadores ou povoadores espanhóis.
É nesta concepÇao violenta, dramática e impotente da raÇa mestiza que é maioritária em quase toda a América Latina que se encontra a causa de toda a violência, drama e impotência para se adaptar ao dito mundo desenvolvido que encontramos em quase toda a mesma América Latina.
Navegamos há já algum tempo. Algumas horas mesmo. Navegamos como se fosse no mar. Mas nao estamos no mar. Estamos, na verdade, a 3.800 metros acima do nível do mar... Navegamos de regresso a Puno, em meio do Lago Titicaca. Este é, na verdade, o lago mais alto do mundo onde é possível fazê-lo. Navegar... Que, como sabem, é preciso.
Curiosidade das curiosidades que o abaixo mencionado leitor e camarada JP me tenha ligado hoje de manha estando eu num cenário deveras invulgar: um ilha flutuante em meio do Lago Titicaca. Os antigos Uros, para fugirem aos invasores Incas, decidiram pôr maos à obra e construir as suas próprias ilhas com totora, uma vegataÇao lacustre que abunda no lago. A partir dai ninguém mais os apanhou e ainda hoje os seus antepassados vivem nestas ilhas com cerca de 2 metros de espessura e verdadeiramente portáteis. Inclusivé, quando alguns hos habitantes duma ilha se chateiam, cortam a ilha a meio, vai cada um para seu lado, e acabou-se a discussao.
JP, espero que tenha sabido responder às tuas dúvidas. Se nao, volta a ligar. Para que nao me apanhes desta vez... sei lá... a dormir, nao te esquecas das 6 horas de diferenca horaria.
Segunda-feira, 27 de Junho de 2005
Camarada JP:
Em Gibraltar, quando um avião aterra, a avenida larga que serve de pista fica bloqueada ao trânsito. Aparecem uns bifes de metralhadora na mão e podes ter a certeza de que ninguém fica na dúvida se o avião aparece ou não. Já em Espinho, nem uma motoreta da GNR se digna a passar por lá. Lanço uma outra dúvida: será que os pilotos estão obrigados a usar colete reflector quando param a avionete na beira da estrada?
Quem e que se apresentava pela direita? A avioneta ou o automovel?
Desta feita através de msn:
JP diz:
bem
JP diz:
o blog nao dá para pôr comentarios
JP diz:
portanto fica aqui o link
JP diz:
sobre a discussão da pista de aviação
JP diz:
vejam aquiJP diz:
em Gibraltar, a estrada que atravessa o AEROPORTO tem.. SEMÁFOROS!